15 de junho de 2010

Passava das Sete

Passava das sete da noite quando tirei a trança do cabelo, a meia e coloquei  um confortável chinelo nos pés, desabotoei a blusa rosa de cetim, peguei a toalha de algodão azul e parti rumo ao banheiro.

Percorri o caminho com sutileza, nostalgia e felicidade.

A noite foi agradável, farta de beijos e muita sedução.

Fazia tempo que o amor não batia a tua porta.... 

Abri o chuveiro e permiti que a água morna banhasse meu corpo ainda suado de tanta paixão. 

A cada espuma que descia pelo ralo, era um sorriso que saia alegremente de meus lábios vermelhos.

Uma leve brisa entrava pela janela, e o cheiro dele novamente acelerava o meu peito.

Um ardor delicioso percorreu toda minha extensão, causando calafrios frenéticos.

Desliguei o chuveiro, fui direto para o espelho, contemplar a magia daquele momento único.

Num súbito momento, tudo ficou cinza por causa da fumaça que embaçava o banheiro....o despertador tocou....






Acordei, ou continuo dormindo?

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